Ministro da Educação | “Está cheio de doutor sem emprego, mas é difícil encanador passar fome”

Ministro da Educação | “Está cheio de doutor sem emprego, mas é difícil encanador passar fome”

Você não leu o título da matéria errado não. Estas foram as palavras do ministro da Educação Abraham Weintraub, ditas durante um evento na última segunda (7), em São Paulo. Ele voltou a criticar as universidades federais (lembrem-se dos cortes realizados pelo Governo). Sua fala foi bem sucinta:

[…] Está cheio de doutor sem emprego, mas é difícil ter um bom encanador passando fome ou na fila do Bolsa Família. É difícil um eletricista, um técnico bom, que não consegue se virar.

Esta declaração vem em um momento onde o País registra 12,6 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

INVESTIMENTOS

Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou a liberação de R$ 1,99 bilhão para universidades e institutos federais. Ao todo, R$ 3,8 bilhões ainda seguem bloqueados.

O ministro disse ainda que assumiu o MEC após “décadas de destruição, bagunça e balbúrdia” e que sua gestão está redefinindo gastos do “recurso escasso”. Weintraub afirmou que manterá, no entanto, o orçamento das universidades federais para o ano que vem, mas não detalhou se haverá mais contingenciamento de verbas.
“A gente não quer aumentar [o recurso]. A gente quer manter. Inclusive está no orçamento que foi enviado para o Congresso que a gente mantém o orçamento delas”, afirma o Ministro da Educação.

Para obter mais recursos, segundo o ministro, as universidades devem recorrer ao Future-se, programa do MEC que pretende aumentar a participação privada no orçamento das federais. A proposta ainda está sob consulta pública, mas já levantou críticas de que pode ferir a autonomia de gestão.

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